PTGI e Colposcopia
A especialidade de patologia do trato genital inferior e colposcopia trata situações diversas referentes à região da vulva, da vagina, do ânus e do colo uterino das mulheres.
O trato genital inferior é o conjunto de órgãos do aparelho genital feminino, que compreende a vulva, região do períneo e perianal, a vagina e o colo do útero.
Para o tratamento alguns procedimentos podem ser necessários no processo diagnóstico.
Dentre eles, pode-se citar biópsias em qualquer uma dessas regiões guiadas por microscópio específico, chamado colposcópio.
Colposcopia e Vulvoscopia
A colposcopia e vulvoscopia é um exame ginecológico feito em consultório, capaz de observar o colo do útero, vagina e vulva através de um aparelho chamado colposcópio.
É capaz de analisar os tecidos desses órgãos e diagnosticar lesões benignas, pré-malignas (que antecedem o câncer) e lesões malignas.
Normalmente esse exame é solicitado quando há alguma alteração da vulva ou colo do útero que requer uma investigação mais aprofundada, como:
• Prurido (coceira) vulvar crônica;
• Manchas ou lesões na vulva;
• Sangramento frequente após relação sexual;
• Alteração no resultado do papanicolau (preventivo), como ASCUS, ASC-H, lesão intraepitelial ou atipias.
Durante a realização do exame, ao detectar qualquer alteração na vulva, vagina ou colo do útero, é possível realizar uma pequena biópsia para fazer a confirmação diagnóstica.
Cauterização de Lesões condilomatosas (Verrugas genitais)
As verrugas genitais são lesões em alto relevo que podem surgir no ânus, no períneo, no pênis, na vulva e na vagina.
Elas podem ser múltiplas e agrupadas, sendo chamadas de condiloma acuminado.
A verruga genital surge em decorrência do vírus HPV, o papilomavírus humano.
Estudos recentes apontam que até 60% da população sexualmente ativa já tenha tido contato com este vírus, mas não são todas as pessoas que desenvolvem a doença.
O principal meio de transmissão do vírus é através do contato sexual.
O tratamento objetiva destruir as verrugas por meio de uma cauterização química (com ácidos) ou elétrica (com bisturi elétrico).
Estes procedimentos são realizados no próprio consultório.
CAF ou LEEP (Cirurgia de alta frequência) do Colo do útero
É um procedimento cirúrgico minimamente invasivo que usa bisturi de alta frequência para retirar a área comprometida do colo uterino.
Esse procedimento normalmente é indicado após a realização de uma colposcopia, cuja biópsia detectou algum tipo de lesão pré maligna do colo do útero (lesões intraepiteliais).
Ele permite tratamento da lesão do colo uterino ou como uma biópsia ampliada, para melhor esclarecimento diagnóstico, já que possibilita o envio do fragmento para estudo anátomo-patológico, permitindo adequado diagnóstico da lesão e avaliação da retirada completa.
Pode ser realizada no consultório com anestesia local ou no centro cirúrgico com anestesia regional ou geral (sedação), com internação e alta no mesmo dia.
Permite que a mulher retorne precocemente às suas atividades diárias, e é praticamente isenta de sintomas pós operatórios.
Um dos principais cuidados no pós operatório, é não ter relações sexuais por um período de cerca de 30 dias.